Então, mais um ano se finda e mais um desafio também! A conclusão final? Tenho que dizer que eu esperava mais de mim. Não, eu não saí comprando por aí e me vendendo ao capitalismo desenfreado (ok, eu confesso, assisti a 2 filmes hollywoodianos e comprei um aplicativo! Mas o aplicativo tá perdoado porque trouxe meus amigos mais pra perto!). A questão é que eu não consegui manter minha alegria, criatividade e espontaneidade em dar presentes, o que foi muito ruim... Simplesmente os aniversários passaram e eu fui de mãos vazias. Nem cartão eu fiz! Nem os tradicionais cartões de Natal!! Tsc, tsc, tsc... Já não sou mais a mesma!
Acho que o fim de ano foi um pouco tumultuado e as prioridades precisaram ser outras. Quando só sobrava tempo pra um presente comprado, sem tanto empenho ou energia em arrumar uma alternativa, eu optava por me abster. Eu me senti um pouco tolhida dessa forma... Mas acho que foi radicalismo meu. Se eu não tinha como priorizar meu tempo e energia para isso, poderia ter simplesmente feito o que fiz no Natal com os poucos presentes que comprei: comprar produtos artesanais de pequenos produtores locais! Ou uma jabuticabeira! Rs! Sim, esse foi um dos presentes que dei pro meu pai (para plantar lá no pequeno paraíso no Canto das Águas!). O outro presente... Bom, para não dizer que não falei das flores, eu arrumei sim um tempinho, e grande ajuda (!!!), pra fazer um presente muito especial...
Tudo começou... quando eu aprendi a falar! Calma!!! Vou encurtar a história! rererer! A ideia veio mesmo quando a Catarina nasceu e eu fiquei desejando de todo o coração saber tricotar um sapatinho pra minha sobrinha fofa! E fiquei toda cabisbaixa: pôxa, eu não tenho talento manual nenhum! Foi quando eu lembrei! Taí uma coisa que sei fazer (pero no mucho): cantar!!! Resolvi então que ia gravar um CD! Reuni a "grande ajuda" (meus primos queridos, Artur e Érico, e meu tio Carlos - muito obrigada, gente!!!) e botamos brasa!!! Só não gravei também com tio Márcio porque não tive tempo... Mas fica pro próximo, viu tio!? Até o próprio presenteado (sem ele nem desconfiar) gravou música comigo! E foi muito bom!!! A experiência de fazer música junto, de reunir as pessoas, gravar, procurar outras gravações antigas... Acho que isso tudo foi um presente pra mim! E no final ainda ver o tanto que o meu pai ficou feliz!!! O que foi um alívio porque é ele quem mais eu tento agradar cantando por aí, mas é sempre aquele que me puxa a orelha: você não atingiu a nota não! Escuta só: bléim, bléim... (violão), aaahhhh (nota que eu não atingi). Aí eu faço cara de: hein?! Mas é a mesma coisa!!! O danado tem um ouvido que eu vou te contar um negócio... Quando eu crescer, quero ser assim! E quando escutamos "Como Nossos Pais" juntos (vocês podem conferir ela e "Let it Be" nesse link) e ele me disse: ahhhh, você conseguiu!!! Foi realmente um alívio! E foi ótimo!!!
As gravações tão cheias de ruídos, falhas, semi-tons fora de lugar... Um monte de coisinhas para melhorar. Mas elas também tão cheias de falas, risadas, carinhos, sons de passarinho ao fundo, de chuva... Um monte de coisinhas que as tornam especiais! Acho que a vida, o fim do ano, o começo de um novo, esse desafio, esse blog, têm tudo a ver com o que se lê na capa do CD: um convite a novas experimentações! E é assim que termino. Mantendo o convite do desafio de pé! Para a gente lembrar que, ainda que hajam falhas e ruidos, viver essa busca é sempre muito especial e vale a pena!
Um beijo grande!!!
Vem ni mim 2013!!!
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Confissão
Eu tenho uma confissão a fazer. Não, não é que eu me rendi ao capitalismo e fui assistir à parte dois do vampiros versus lobos (Jacob team!!!), tampouco que eu me coçei toda e quase não resisti ir hoje com a turma ver o baixinho de pé peludo que estreiou essa semana.
É pior, muito pior...
Estão preparados?!
Então, eu só comecei a reciclar efetivamente o lixo aqui de casa nesse mês. Logo eu que fico aí pregando a sustentabilidade desde nem sei quando... O problema é que fico SÓ pregando/flertando... Na verdade o título desse blog foi para eu me lembrar de quando isso começou a ficar mais real e presente na minha vida, quando participei do projeto de protagonismo juvenil do Pitágoras (nú, já tem 11 anos!). E adivinha em que frente eu fiquei? Na da ecologia. E o nome, nada original, tirado de uma floricultura que vi certa vez no centrão: Quero VerDe Perto. O "D" maiúsculo trouxe a "originalidade" que (se não me engano) não tinha no nome da casa de flores. Rs... E desde então já fui em Congresso de Ecologia, inventei essa estória de Chá de Armário e me torturei por anos seguidos, ao menos uma vez por semana, vendo uma mesma senhorinha lavar o passeio com mangueira de manhã cedo à caminho da faculdade. Se alguma vez eu parei parei pra conversar sobre o que ela achava disso?! Não. Mas tenho diversos projetos de um panfleto educativo sobre consumo de água que um dia eu faria e usaria como desculpa pra puxar a conversa. Igual eu tive projetos de levar para a reunião de condomínio a questão da reciclagem. E quem sabe se um ou outro prédio da rua aderisse também?! Às vezes o quarteirão!!! Uau! Vamos pedir pro vereador do bairro pleitear isso pra gente!!! A verdade é que eu tenho muita criatividade pra planos e projetos e pouca ação...
Tenho achado que esse é um mal da humanidade... Lembra do: ano que vem eu começo a correr - depois que eu comprar aquele tênis foda que vi outro dia na revista! Depois que as provas passarem eu paro com os chocolates e as besteiras. Preciso de uma George Foreman pra começar a comer melhor! Quando eu terminar o curso>projeto>mestrado>trabalho>doutorado, eu vou arrumar tempo e tudo vai ser diferente!!! No meu caso sempre foi: quando eu tiver a minha casa, eu vou reciclar (e ter uma horta, uma minhocasa, luz solar, reservatório de água de chuva... rs). Mas nos últimos meses andei pensando em ser mais realista com a minha ambição e colocar uma meta a curto prazo. Decidi então que para reciclar eu precisava das latas coloridas; vermelha, verde, azul... Aí chegou num ponto, e a onda do desafio/blog tem tudo a ver com isso, que eu parei e pensei: quer saber? Isso não vai fazer diferença! Vou ficar esperando ter as latas coloridas, o prédio aderir, o caminhão passar na minha porta, a câmara pleitear isso pro bairro!? Eu não!!! Não posso, minha gente!!! O tempo tá passando! A vida tá correndo! O lixo tá acumulando no mundo! O peso! O colesterol! O sedentarismo! A gente tem mais é que começar a correr com o tênis que tem, inventar uma saladinha e trocar o doce pela fruta AGORA! E foi assim que eu encontrei esse link no site da prefeitura falando tudo sobre os pontos de coleta mais próximos de você! E foi assim que a Lucy e a Fê morreram de rir outro dia me vendo parar o carro na esquina, depois do nosso agradável almoço de domingo, e descarregar um monte de sacolas repletas de resíduos recicláveis (melhor essa expressão do que usar "lixo", a linguagem faz toda a diferença! Que nem dizer que essa estória de reciclagem, de ter que lavar as embalagens, separar e levar num ponto de coleta, é muito difícil... Que tal DESAFIADOR?! Percebe?! - com agradecimento especial à Lê que me trouxe esse olhar...).
Enfim, deixo vocês com o convite: não deixem os planos para amanhã, comecem hoje!!! Afinal, só faltam 2 dias pro mundo acabar!!! rs
Beijos!!!!
P.S.: o Chá de Armário foi um sucesso!!! Definitivamente vou instaurar um Chá fixo de 6/6 meses. Um obrigada a todas as garotas que participaram, mandando coisinhas e as que vieram!!! Ainda tem muita coisa aqui em casa pra doar, alguém tem sugestão de lugar?! Já meindicaram uma igreja aqui perto, a Cruz Vermelha... Aguardo sugestões e ajuda!!! Inté!
É pior, muito pior...
Estão preparados?!
Então, eu só comecei a reciclar efetivamente o lixo aqui de casa nesse mês. Logo eu que fico aí pregando a sustentabilidade desde nem sei quando... O problema é que fico SÓ pregando/flertando... Na verdade o título desse blog foi para eu me lembrar de quando isso começou a ficar mais real e presente na minha vida, quando participei do projeto de protagonismo juvenil do Pitágoras (nú, já tem 11 anos!). E adivinha em que frente eu fiquei? Na da ecologia. E o nome, nada original, tirado de uma floricultura que vi certa vez no centrão: Quero VerDe Perto. O "D" maiúsculo trouxe a "originalidade" que (se não me engano) não tinha no nome da casa de flores. Rs... E desde então já fui em Congresso de Ecologia, inventei essa estória de Chá de Armário e me torturei por anos seguidos, ao menos uma vez por semana, vendo uma mesma senhorinha lavar o passeio com mangueira de manhã cedo à caminho da faculdade. Se alguma vez eu parei parei pra conversar sobre o que ela achava disso?! Não. Mas tenho diversos projetos de um panfleto educativo sobre consumo de água que um dia eu faria e usaria como desculpa pra puxar a conversa. Igual eu tive projetos de levar para a reunião de condomínio a questão da reciclagem. E quem sabe se um ou outro prédio da rua aderisse também?! Às vezes o quarteirão!!! Uau! Vamos pedir pro vereador do bairro pleitear isso pra gente!!! A verdade é que eu tenho muita criatividade pra planos e projetos e pouca ação...
Tenho achado que esse é um mal da humanidade... Lembra do: ano que vem eu começo a correr - depois que eu comprar aquele tênis foda que vi outro dia na revista! Depois que as provas passarem eu paro com os chocolates e as besteiras. Preciso de uma George Foreman pra começar a comer melhor! Quando eu terminar o curso>projeto>mestrado>trabalho>doutorado, eu vou arrumar tempo e tudo vai ser diferente!!! No meu caso sempre foi: quando eu tiver a minha casa, eu vou reciclar (e ter uma horta, uma minhocasa, luz solar, reservatório de água de chuva... rs). Mas nos últimos meses andei pensando em ser mais realista com a minha ambição e colocar uma meta a curto prazo. Decidi então que para reciclar eu precisava das latas coloridas; vermelha, verde, azul... Aí chegou num ponto, e a onda do desafio/blog tem tudo a ver com isso, que eu parei e pensei: quer saber? Isso não vai fazer diferença! Vou ficar esperando ter as latas coloridas, o prédio aderir, o caminhão passar na minha porta, a câmara pleitear isso pro bairro!? Eu não!!! Não posso, minha gente!!! O tempo tá passando! A vida tá correndo! O lixo tá acumulando no mundo! O peso! O colesterol! O sedentarismo! A gente tem mais é que começar a correr com o tênis que tem, inventar uma saladinha e trocar o doce pela fruta AGORA! E foi assim que eu encontrei esse link no site da prefeitura falando tudo sobre os pontos de coleta mais próximos de você! E foi assim que a Lucy e a Fê morreram de rir outro dia me vendo parar o carro na esquina, depois do nosso agradável almoço de domingo, e descarregar um monte de sacolas repletas de resíduos recicláveis (melhor essa expressão do que usar "lixo", a linguagem faz toda a diferença! Que nem dizer que essa estória de reciclagem, de ter que lavar as embalagens, separar e levar num ponto de coleta, é muito difícil... Que tal DESAFIADOR?! Percebe?! - com agradecimento especial à Lê que me trouxe esse olhar...).
Enfim, deixo vocês com o convite: não deixem os planos para amanhã, comecem hoje!!! Afinal, só faltam 2 dias pro mundo acabar!!! rs
Beijos!!!!
P.S.: o Chá de Armário foi um sucesso!!! Definitivamente vou instaurar um Chá fixo de 6/6 meses. Um obrigada a todas as garotas que participaram, mandando coisinhas e as que vieram!!! Ainda tem muita coisa aqui em casa pra doar, alguém tem sugestão de lugar?! Já meindicaram uma igreja aqui perto, a Cruz Vermelha... Aguardo sugestões e ajuda!!! Inté!
domingo, 2 de dezembro de 2012
Aprendendo a Reutilizar: aceita um Chá?!
Essa história toda tá muito difícil... Tô me sentindo uma aleijada. Que tia não se sente uma aleijada de não poder dar um sapatinho de tricô ou um bodyzinho pra sua sobrinha que acabou de nascer?!! Passou niver da Loló, da Rafa e nada... Tenho evitado optar por comprar, ainda que em fontes responsáveis, pequenos produtores, feirininhas e afins. Eu queria mesmo era ter tempo e boas ideias!!! E habilidades! Queria saber tricotar, bordar, pintar, esculpir, cozinhar ou fazer qualquer coisa do tipo...
Fiquei pensando no que a Daluz me contou outro dia que o pai dela pegava qualquer coisa, pedaço de madeira, ferragem velha e transformava em alguma outra coisa muito útil. Nada era desperdiçado! Ele fazia seus próprios móveis, os brinquedos pras crianças, a mulher costurava (e recosturava) as roupas e pronto! Claro que foi também toda a dificuldade que eles viveram e não desejo uma vida tão desprovida para ninguém. Mas acho que essa minha geração e a próxima precisava de muito menos moleza pra se dispôr a ser mais criativo e colocar mais a mão na massa.
Engraçada essa história das dificuldades da vida... Quando as dificuldades passam as pessoas podem manter uma tendência a guardar tudo (vai que um dia eu preciso!). Só que agora elas têm recursos e o tudo pode se multiplicar exponencialmente. Minha avó, que sofreu um bocado pra criar 8 filhos na roça, é dessa linha que aproveita de tudo. Mas hoje ela não tem mais esse tipo de necessidade. Virou então uma acumuladora. E os filhos delas aprenderam a acumular com ela. E os netos também... Mas a gente não aprendeu a Reutilizar como ela faz. Não aprendeu toda essa arte e truques de quem criou os filhos em São Sebastião do Maranhão dos anos 40-50. Não aprendeu a doar o tanto que ela doa...
MAS, a gente tá aí, vivendo não é?! Meu pai ainda não se perdeu no meio da sua bagunça, os livros do meu irmão não páram aqui em casa, sempre emprestados por ai, e eu tirei mais de 6 sacolas de papel e bagulhos dos meus armários pra reciclar e doar! A esperança persiste e tá gritando um pedido de socorro: CHÁ DE ARMÁRIO!!!
Ouviram?!!
Quem topa!?
Pra gente celebrar o nosso Reutilizar de forma aleijada, sem saber costurar, serrar ou martelar!
Alguma tarde num dos dois próximos finais de semana!? Acho que a Loló e a Rafinha vão arrumar um presente por lá (aí eu me safo dessa!!! rs). No aguardo, tchurma! Um beijo de alegria!!!
Fiquei pensando no que a Daluz me contou outro dia que o pai dela pegava qualquer coisa, pedaço de madeira, ferragem velha e transformava em alguma outra coisa muito útil. Nada era desperdiçado! Ele fazia seus próprios móveis, os brinquedos pras crianças, a mulher costurava (e recosturava) as roupas e pronto! Claro que foi também toda a dificuldade que eles viveram e não desejo uma vida tão desprovida para ninguém. Mas acho que essa minha geração e a próxima precisava de muito menos moleza pra se dispôr a ser mais criativo e colocar mais a mão na massa.
Engraçada essa história das dificuldades da vida... Quando as dificuldades passam as pessoas podem manter uma tendência a guardar tudo (vai que um dia eu preciso!). Só que agora elas têm recursos e o tudo pode se multiplicar exponencialmente. Minha avó, que sofreu um bocado pra criar 8 filhos na roça, é dessa linha que aproveita de tudo. Mas hoje ela não tem mais esse tipo de necessidade. Virou então uma acumuladora. E os filhos delas aprenderam a acumular com ela. E os netos também... Mas a gente não aprendeu a Reutilizar como ela faz. Não aprendeu toda essa arte e truques de quem criou os filhos em São Sebastião do Maranhão dos anos 40-50. Não aprendeu a doar o tanto que ela doa...
MAS, a gente tá aí, vivendo não é?! Meu pai ainda não se perdeu no meio da sua bagunça, os livros do meu irmão não páram aqui em casa, sempre emprestados por ai, e eu tirei mais de 6 sacolas de papel e bagulhos dos meus armários pra reciclar e doar! A esperança persiste e tá gritando um pedido de socorro: CHÁ DE ARMÁRIO!!!
Ouviram?!!
Quem topa!?
Pra gente celebrar o nosso Reutilizar de forma aleijada, sem saber costurar, serrar ou martelar!
Alguma tarde num dos dois próximos finais de semana!? Acho que a Loló e a Rafinha vão arrumar um presente por lá (aí eu me safo dessa!!! rs). No aguardo, tchurma! Um beijo de alegria!!!
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